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O Crescimento dos Fundos de Investimento ESG Reflete uma Mudança Global de Mentalidade
A crescente conscientização sobre sustentabilidade impulsiona o avanço dos fundos de investimento ESG no Brasil e no mundo. Mais: o cenário dos investimentos tem visto uma marcante inclinação para práticas mais sustentáveis, um movimento amplamente refletido na ascensão dos fundos de investimento ESG (Environmental, Social and Governance). Conforme as questões de sustentabilidade continuam a ganhar destaque na agenda global, os investidores e o mercado estão alinhando cada vez mais seus recursos e estratégias com princípios ambientais, sociais e de governança.
Um estudo recente da Morningstar, uma renomada fornecedora de dados e análises de investimentos, lançou luz sobre esta tendência crescente no Brasil. Em 2020, foram estabelecidos 85 fundos com foco em sustentabilidade, um salto significativo em comparação com os seis fundos criados no ano anterior.
A sigla ESG, consolidada em 2004 através da publicação “Who Cares Wins” do Pacto Global, em colaboração com o Banco Mundial, vem se tornando um critério essencial para avaliar o desempenho e a responsabilidade das empresas. O ESG busca quantificar o engajamento e as práticas sustentáveis das empresas, tornando-se um indicativo valioso para investidores conscientes.
Fundos de investimento ESG avançam em meio às mudanças globais
A preocupação com a sustentabilidade no contexto empresarial cresce cada vez mais. A tendência é percebida não apenas pelos investidores, mas também pelo próprio mercado, que vê a demanda e oferta por fundos que agregam esses valores crescer exponencialmente.
Um levantamento recente da Morningstar, empresa provedora de dados e análise de investimentos, identificou que apenas em 2020 foram criados 85 fundos com direcionamento sustentável no Brasil. O número, que pode ser interpretado como insuficiente para alguns, sinaliza um avanço considerável. Em 2019, por exemplo, tinham sido criadas apenas seis.
O que é ESG?
A relevância da sustentabilidade para os negócios alcançou um novo patamar em 2004, com a criação da sigla ESG (Environmental, Social and Governance), que faz referência aos temas ambientais, sociais e de governança.
O termo foi criado na publicação “Who Cares Wins” do Pacto Global, sendo organizado e estruturado em parceria com o Banco Mundial. Na época, o objetivo foi identificar o impacto das ações de sustentabilidade e quais os resultados positivos que são gerados nas empresas.
Importância dos valores sustentáveis nos negócios
O envolvimento das marcas com princípios de sustentabilidade também reflete uma demanda da sociedade nos tempos atuais. Se por um lado essas mudanças exigem ações e posicionamento das marcas diante do cenário atual, por outro contribui para que as pessoas demonstrem confiança e percebam valor nas empresas.
Esse é um dos motivos para que 77% das pessoas acreditem mais nas marcas do que nos governos quando o assunto é a promoção de mudanças positivas para o mundo. Se no período pré-pandemia da Covid-19, essas demandas já existiam e tinham destaque nas agendas institucionais, pós-2020 essa responsabilidade aumentou ainda mais, encorajando o mercado a seguir cada vez mais essas tendências.
Ano a ano, essa mobilização mundial também tem refletido nos investimentos mundo afora. A destinação de capital para fundos ESG negociados em bolsas (ETF), por exemplo, cresceu 84% entre 2020 e 2021. De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o patrimônio desses fundos no Brasil avançou de R$ 1,03 bilhão em 2008 para R$ 2,01 bilhões em março de 2022.
A importância dos valores sustentáveis não se restringe apenas ao âmbito corporativo. A sociedade, em sua crescente consciência ambiental e social, tem demandado mais transparência e responsabilidade das marcas. De acordo com pesquisas recentes, 77% das pessoas confiam mais nas marcas do que nos governos para promover mudanças positivas na sociedade. Esta confiança renovada é vista como um catalisador para a contínua adoção de práticas sustentáveis no mundo empresarial.
A pandemia da COVID-19 apenas intensificou essa tendência, com as questões ESG assumindo uma posição central nas agendas corporativas. O movimento global em direção à sustentabilidade também está refletido na alocação de capital. Entre 2020 e 2021, os investimentos em fundos ESG negociados em bolsas (ETFs) cresceram 84%. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o patrimônio desses fundos no Brasil saltou de R$ 1,03 bilhão em 2008 para R$ 2,01 bilhões em março de 2022.
Este avanço no patrimônio dos fundos ESG indica não apenas uma evolução na mentalidade dos investidores, mas também uma adaptação progressiva do mercado às exigências de um mundo mais consciente e responsável. A continuidade desta tendência poderá desencadear uma transformação profunda na maneira como os negócios são conduzidos e avaliados, realçando o papel crucial da sustentabilidade na construção de um futuro financeiramente estável e ecologicamente equilibrado.